A charge acima foi publicada em um site europeu,
http://ombl.wordpress.com/ que publica matérias preconceituosas e racistas contra o Islã. Esse site não respeita as diferenças e opções. Podemos observar isso pela charge publicada. O seu desafio é perceber o preconceito embutido nesse desenho.
Vamos lá.
1) Identifique os personagens:
a) Quem representa a Europa?
b) Quem representa o Islã?
2) Caracterize os personagens.
3) De que forma, podemos perceber o preconceito contra o Islã?
Algumas informações complementares:
Maimonides, o médico da corte judaica durante o sultanato do muçulmano Saladin, no século XII, fez um acordo com outros muçulmanos e judeus e declarou que o porco tinha uma carne “impura” por causa dos seus hábitos “sujos”. Quando os porcos não conseguem encontrar água, o que é comum no Oriente Médio, eles se banham na lama ou nas sujidades. Maimonides por esse motivo concluiu que a carne de porco não era saudável e nem aconselhável para consumo. Ele foi o primeiro a justificar o tabu além de razões religiosas.
Pergunta: O que ensina o Islam sobre a carne de porco?
Resposta:
O porco é absolutamente impuro, e a sua carne, a gordura, etc., bem como o uso do seu couro ou de quaisquer outras partes, são estritamente proibidas: Allah disse em varias passagens do al-Qur´an sagrado: "São-vos proibido para alimentação: a carne putrefata, o sangue, a carne de porco..." (5ª: 3)
O alcorão, livro sagrado dos islamitas, dita as normas relativas à alimentação. A carne de porco contraria a santificação da alma, (...)
A CARNE DE PORCO NO ISLAM
Artigo retirado da excelente revista Moçambicana Sautul Isslam (28ª edição), com a devida vénia.
A CARNE DE PORCO
Sabe-se que Deus – o Todo-Poderoso – criou inúmeros animais e espécies. No entanto, há animais que foram criados para servirem de alimento para o Homem, enquanto que outros não se destinam a esse objectivo por serem prejudiciais à saúde humana ou por qualquer outro motivo conhecido somente pelo Criador de tudo e de todos. Um dos animais que Ele proibiu e declarou ilícito para o Homem é o porco. Esta proibição é expressa não só pelo sagrado Alcorão como também por outras Escrituras Divinas.
Consta no sagrado Alcorão: «Ele (ALLAH) vos proibiu somente o animal encontrado morto, o sangue, a carne de porco e tudo que tenha sido degolado sob a invocação de outro nome senão o de ALLAH...» [Alcorão 2:173]
«São-vos proibidos o animal morto (que morreu naturalmente), o sangue, a carne de porco, os animais que foram degolados sob a invocação de outro nome senão o de ALLAH, os animais estrangulados até à morte, os mortos por espancamento, os mortos devido à queda ou dilacerados e mortos por chifres, os devorados (despedaçados) por um animal carnívoro, excepto os que são degolados ritualmente ainda com vida; são vos proibidos também os animais sacrificados para os ídolos.» [Alcorão 5:3]
SUA PROIBIÇÃO NOUTRAS ESCRITURAS
Por estranho que possa parecer a algumas camadas sociais, o Islão não é a única e nem a primeira religião a considerar o porco imundo e ilícito ao consumo humano, como muitos erradamente pensam ou dão a entender. A Bíblia também assim o considera, de acordo com alguns versículos:
«Também o porco, porque tem unhas fendidas e a fenda das unhas divide em duas, mas não remói; este vos será imundo. Da sua carne não comereis, nem tocareis no seu cadáver; estes vos serão imundos.» [Levítico 11:7-8]
«Nem o porco, porque tem unha fendida mas não remói, imundo vos será; não comereis da carne destes, e não tocareis no seu cadáver.» [Deuteronómio 14:8]
A respeito dessas passagens, o Reverendo W.K. Lawther Clarke afirma no seu livro “Concise Bible Commentary” que: «As leis foram inculcadas e obedecidas, pois haviam sido incorporadas pela vontade de Deus».
No seu artigo intitulado “A Carne de Porco, o Homem e a Doença”, o Dr. E.A. Widmer cita o seguinte: «Embora seja um artigo muito comum na dieta alimentar, a carne de porco é um dos mais prejudiciais; Deus não proibiu os hebreus de comerem a carne de porco apenas para mostrar a Sua autoridade, mas por ser algo impróprio para o consumo humano».
No “Dicionário Bíblico de Westminster”, podem-se encontrar vários excertos sob a palavra “porco”, entre os quais:
«O porco era um animal ritualmente impuro [...] É imundo e não se recusa a comer resíduos e carne putrefacta; desconfia-se que o consumo da sua carne em países quentes origine doenças cutâneas.
Para os judeus, o porco era símbolo de imundície e imoralidade e a sua carne era abominável [...] No entanto, a carne de porco encontrou aceitação nas festas idólatras dos degenerados hebreus [Isaías 65:4, 66:17].
No reinado de Antíoco Epifânio, a ordem para um judeu oferecer ou provar a carne de porco era usada como forma de determinar se ele era leal à religião dos seus pais ou estava disposto a aceitar o culto preferido dos seus conquistadores [I Macabeus 1:47-50; II Macabeus 6:18-21; 7:1-7].»
Vários relatos semelhantes a estes podem ser encontrados em quase todos os dicionários bíblicos.
Entretanto, apesar dessas citações serem do Velho Testamento, eram também leis ensinadas por Jesus, pois ele disse por palavras bem claras que a Lei desse Testamento era para ser obedecida sem alterações:
«Não cuideis que vim destruir a Lei ou os profetas: não vim abrogar, mas cumprir. Porque, em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da Lei, sem que tudo seja cumprido. Qualquer, pois, que violar um destes mais pequenos mandamentos, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar, será chamado grande no reino dos céus.» [S. Mateus 5:17-19]
Quando S. Paulo proclamou na sua Epístola aos Romanos [14:14] que: «Eu sei e estou certo no senhor Jesus, que nenhuma coisa é de si mesmo imunda, a não ser para aquele que a tem por imunda: para esse é imunda», criou mais problemas do que soluções. Supondo que isso era o que Jesus havia intencionado para ser dogma da Cristandade, então porque ele não o declarou quando ainda estava com os seus discípulos neste mundo? Porque razão ele defendeu e advogou as Leis do Antigo Testamento? Será que S. Paulo queria mostrar que Jesus não era sincero nas suas declarações quando estivesse com o seu povo? ...?!!!
RAZÕES DA SUA PROIBIÇÃO
Para chegar ao ponto de ser conhecido mais pela sua qualidade do que pelo próprio nome é porque nasce, cresce e vive em condições de extrema imundície, não se estranhando que seja chamado de “porco”. O significado do seu nome não é restrito apenas à língua portuguesa, pois em muitos outros idiomas é conhecido de forma semelhante, criando uma dúvida sobre o que surgiu primeiro: o nome ou o caráter?
Segundo investigações científicas recentes, está provado que a carne de porco é bastante prejudicial à saúde humana. Existem muitos outros motivos ligados a esta área que nos levam a distanciar deste animal, que veremos mais adiante.
Ao proibir o seu consumo, o Islão deu um passo gigantesco a favor da saúde, higiene e pureza humanas. O porco é um animal preguiçoso, sem determinação ou espírito de luta, entregue ao sexo, detesta o Sol, não é disciplinado na alimentação e por isso consome também fezes e resíduos, para além de transportar vermes causadores de diversas doenças.
É devido a estas e outras razões que uma pessoa sã rejeita o porco, sua carne e derivados. Sabe-se que para garantir uma boa saúde, o indivíduo deve consumir alimentos limpos, saudáveis e benéficos e evitar tudo aquilo que possa ser prejudicial. No sagrado Alcorão constam orientações claras e suficientes a este respeito:
«Ó gente! Comei de tudo o que há na terra, lícito e puro (bom); e não sigais os passos de Satanás, pois ele é vosso inimigo declarado.» [Alcorão 2:168]
«Ó crentes! Comei dos alimentos puros que providenciamos por sustento e agradecei a ALLAH, se for só a Ele que adorais.» [Alcorão 2:172]
Na Sua infinita sabedoria, ALLAH especificou ainda os tipos de produtos que devem ser evitados, tal como foi inicialmente mencionado. É em consideração à saúde humana que todas as Escrituras Divinas proibiram o consumo do porco.
CAUSA DE VÁRIAS DOENÇAS
Muitos pensam erradamente de que imitar a cultura ocidental é sinônimo de alcançar a civilização ou o aperfeiçoamento. No entanto, ao definir os princípios dietéticos aos judeus, comprovados por Jesus aos cristãos e confirmados aos muçulmanos, Deus desejou que esses preceitos fossem uma fonte de contínuo beneficio para toda a humanidade.
A contaminação de certas doenças, comprovadas por pesquisas modernas, corrobora com esta antiga lei. Apesar dessa contaminação não ser uma característica apenas ligada à transferência de vermes a partir da carne de porco, pois estão presentes também noutras carnes e vegetais, o facto é de que no porco os mesmos existem em predominância e abundância em relação a qualquer outra carne conhecida.
Hoje, a ciência comprova que os vermes Balantidium Coli, Trichinella Spiralis e Taenia Solium existentes habitualmente no porco são os principais causadores das enfermidades transmitidas ao Homem por este nocivo animal, tais como a balantidíase, a triquinose e a teníase, respectivamente. O Balantidium Coli é um parasita que se aloja no intestino grosso e é o maior protozoário que afecta o ser humano.
O Dr. E.A. Widmer afirma no seu artigo “A Carne de Porco, o Homem e a Doença” que: «O Balantidium Coli é extremamente comum no porco [...] Quando afecta o Homem, podem-se seguir sérios sintomas; a evidência corrente aponta a carne de porco como a principal causa de infecção humana».
De entre as doenças causadas por este protozoário consta a disenteria; os sintomas desta enfermidade são horríveis e podem levar à morte. No seu livro intitulado “Parasitas Animais e Doenças Humanas”, o Dr. Chandier afirma que «esta doença (disenteria) é frequente nos países criadores de porcos e onde existem demasiados recintos próximos entre este animal e o Homem».
Num artigo sobre os perigos do consumo da carne de porco publicado no “Washington Post” em 1952 pelo Dr. Glen Shepherd, consta o seguinte:
«Nos EUA e Canadá, uma em cada seis pessoas possui vermes nos seus músculos (Trichinella Spiralis, causadores da triquinose) devido ao consumo da carne de porco infectada. Muitas pessoas contaminadas não apresentam sintomas, outras se restabelecem lentamente e algumas morrem; outras ainda se tornam permanentemente inválidas [...] Ninguém é imune a esta doença; nenhum antibiótico, droga ou vacina afecta esses vermes pequenos e fatais. A verdadeira solução reside em prevenir a infecção».
Estes vermes podem permanecer vivos entre as fibras musculares durante cerca de quarenta anos, como minúsculas cápsulas. Quando se consome a carne infectada, essas cápsulas latentes são digeridas e o seu conteúdo se transforma em vermes completos, que se procriam no sangue até três semanas depois de terem sido ingeridas. Como vários órgãos vão se tornando gradualmente inválidos devido aos vermes, os sintomas podem se assemelhar aos de outras cinquenta doenças, dificultando o diagnóstico.
O consumo da carne de porco é também a principal causa da teníase. A incidência sobre o Homem do parasita Taenia Solium, conhecido por Ténia e existente no porco, é alarmante; num relatório publicado em 1947, Stoll estimou que 2,5 milhões de pessoas espalhadas pelo mundo foram infectadas por este microrganismo.
Muitos sabem que os alimentos têm efeito na saúde do organismo, mas poucos compreendem que influenciam também o cérebro e, consequentemente, a mente. Uma comida limpa, obtida por meios lícitos e consumida com um pensamento tranquilo, proporciona bons resultados quer na saúde do corpo como da mente. Mas uma alimentação impura ou consumida durante um distúrbio emocional é prejudicial a ambos. De salientar que não deixa de ser curioso o facto de todos os animais terem um nome próprio através do qual são chamados e conhecidos. Entretanto, a palavra “porco” não é um nome, mas sim um carácter, qualidade ou estado em que algo se encontra, cujo significado em Português e também noutras línguas significa sujo, imundo ou obsceno; é igualmente sinônimo de grosseiro, guloso, depravado, pervertido, etc. Não é de admirar que esta palavra tenha tomado um nome exclusivo deste animal.
Os povos que consomem a carne de porco são gradualmente influenciados pelos seus distintos hábitos. Quando essa influência afecta as mentes, o descaramento e a baixaria se tornam normas do quotidiano e a modéstia e probidade se transformam em velhas idéias que vão sendo esquecidas
