segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

O ócio feminino matou o neanderthal

A HISTÓRIA DO MUNDO – 2º CAPÍTULO
A Natureza trabalhou com afinco em suas tarefas evolutivas até que a espécie humana atingisse o apogeu genético e produzisse a Megan Fox. Mas, biologicamente falando, o homem sapiens sapiens que cem mil anos atrás roncava sobre o solo duro de pedra de uma caverna da Espanha era igualzinho ao publicitário de rabo-de-cavalo que beberica clericot nos bistrôs do século 21. A diferença, portanto, está no espírito, nos costumes, na maneira de viver.
Na cultura.
O que acicatou essa mudança?
O que tornou o homem o que ele é?
Arrá! É aí que voltamos ao nosso amigo neanderthal. Durante milênios, mais precisamente cem deles, talvez 200, não passando de 300, o sapiens sapiens e o neanderthal experimentaram o mesmo estilo de vida. Ambos eram caçadores e coletores. Quer dizer: viviam do que lhes oferecia a Natureza, não produziam nada. O trabalho ainda não havia sido inventado.
Aquele chiste popular, “quem inventou o trabalho não tinha o que fazer”, provavelmente está certo. A invenção do trabalho foi fruto da reflexão, que é fruto do ócio.
Durante mais de dois milhões de anos, porém, o homem não trabalhou. Dois milhões de anos de alegre vadiagem. No máximo, o homem lascava algumas pedras para usá-las como ferramentas rudimentares e ajudá-lo nas caçadas, que, é evidente, não poderiam ser consideradas trabalho. As caçadas paleolíticas não serviam para produção, eram atividades de sobrevivência. Tal qual ocorre com os tantos predadores da Natureza. Um leão não trabalha, quando campana um gnu, persegue-o, pula sobre ele e lhe arranca um naco do pescoço. Não. O leão, apenas, se alimenta. Então, os homens da idade da pedra vez em quando desbastavam uma rocha para transformá-la em cabeça de machado ou ponta de lança — um trabalhinho. Mas isso era muito de vez em quando. No mais, sapiens sapiens e neanderthais viviam para comer e se reproduzir, como quaisquer outros animais do planeta. Foi como um dia resumiu Freud: tudo na vida é casa, comida e sexo.
E é.
O homem tinha casa, comida e sexo sem restrições, por isso não mudava a sua forma de viver. Você aí, que lê os classificados, que assiste ao Jornal Nacional, que faz buscas no Google, que dirige seu carro e preme os botões do controle remoto, você tem de entender que essa sua vida sofisticada é recente no mundo. Tem a idade de 10 ou, no máximo, 12 mil anos, enquanto que a existência caçadora e coletora durou, vou repetir, MAIS DE DOIS MILHÕES DE ANOS.
Por que durou tanto?
Porque era bom.
O paleolítico era uma festa.
Era uma vida despreocupada, compreende? Como já disse, havia comida em abundância, cavernas para se abrigar, água de beber. O sexo, o homem cometia quando bem entendia, sem objeções morais, sem considerações sentimentais, sem oposições outras que não o próprio móbil do sexo, que é a vontade.
Cobranças conjugais? Não existiam. Sabe por quê? Porque não existia casamento. Nem família existia. Porque o homem, e por homem, aí, me refiro ao gênero masculino, não à mulher, pois o homem não sabia que fazia filhos. Ou pelo menos não relacionava a função sexual com a reprodutiva. De repente, uma fêmea aparecia grávida. O que ocasionara aquela prenhez? Ninguém sabia com certeza. Ainda hoje há tribos indígenas que desconhecem o papel masculino na reprodução e tecem diversas teorias acerca da fecundidade feminil — por causa da lua cheia, por causa de banhos de rio em determinada época, picada de mosquito etc.
Além disso, por favor, ninguém ia pensar em ser monogâmico no paleolítico. Uma mulher mantinha intercursos com vários homens, ou até com TODOS os homens das imediações, como se só houvesse Paris Hiltons no mundo. Logo, a família também não tinha sido inventada. As pessoas se reuniam em clãs. Trinta ou quarenta indivíduos rodando pelo planeta, os homens caçando e pescando, as mulheres cuidando dos filhos, tudo muito tranquilo.
Do que mais precisava o homem?
De nada.
Tendo ao alcance de um braço tudo o que desejava, o homem não pensava no futuro, vivia no presente e para o presente. Não pensando no futuro, o homem não se angustiava. Não se angustiando, o homem não tinha problemas existenciais, depressão, aflições em geral, banzo. Os psicanalistas teriam dificuldade de encontrar freguesia naquele tempo.
Alguém aí pode argumentar que o homem era uma presa dócil de intempéries e desastres naturais, devido ao precário desenvolvimento tecnológico. É justamente o contrário. Desastres naturais pouco afetavam o homem primitivo. Enchentes, por exemplo. Se um rio desbordasse de suas margens, o homem singelamente desmontava o acampamento em que se instalara e se mudava para uma região mais alta. Se um período de seca sobreviesse, ele se transferia para uma região mais amena. O homem era nômade, não conhecia a ideia de propriedade, não possuía roupeiros, camas, fogões, geladeiras e tevês de plasma para levar consigo. Não precisava contratar caminhão de frete para fazer mudança, se quisesse se deslocar de um ponto a outro do planeta. Aliás, planeta mesmo: ninguém exigia passaporte em fronteira alguma, porque fronteiras não existiam. Assim, o sapiens sapiens saiu da mãe África e derramou-se pelo Globo ao sabor das conveniências.
Surge de novo, então, a pergunta fulcral: por que abandonamos aquele estilo de vida? Por que, meu Deus? Por quê???
Por causa das nossas mulheres.
As ardilosas sapiens sapiens.
Porque é o seguinte: como já sublinhei, frisei e destaquei parágrafos acima, a espécie humana caminha sobre dois pés pela superfície acidentada da Terra há dois milhões de anos, talvez mais. O sapiens sapiens, que somos nós, e o neanderthal, já extinto, apareceram há pouco tempo: 100 mil anos, embora alguns cientistas falem em 300 mil anos. Vamos ficar com um número redondo: 100 mil. O neanderthal desapareceu há 28 ou 29 mil anos. Vamos arredondar de novo: 30 mil. Fez os cálculos? Por 70 mil anos, no mínimo, sapiens sapiens e neanderthais partilharam o planeta. Bem. A agricultura foi inventada há não mais do que 10 mil. Portanto, não foi a agricultura que derrotou o neanderthal. O que houve nesses 20 mil anos de interregno, que liquidou com nossos primos?
Já vou dizer.
Foi uma sutil transformação, também patrocinada pelas mulheres. Descrevê-la-ei.
Ó:
Durante aqueles já referidos 70 mil anos de convivência, os dois últimos tipos de seres humanos existentes, eles, neanderthais, e nós, sapiens sapiens, vivemos caçando e coletando. Importante: os homens caçavam, mas não criavam animais. Não os tinham domesticado, nem tampouco os mantinham em cativeiro para abate. Tão-somente os procuravam em seus habitats, matavam-nos e os comiam.
Só.
Em algum momento, porém, um casal de filhotes deve ter sido poupado para diversão das crianças. Esse casal cresceu e se acostumou ao convívio com os seres humanos. E mais importante: crescido, cruzou e reproduziu. Quem estava lá para ver isso tudo acontecendo?
A mulher.
Sim, a mulher é que ficava com os filhos na caverna, na clareira, à beira do rio, onde quer que fosse que o clã acampava, enquanto os homens se divertiam e morriam nas caçadas.
A mulher testemunhou a adaptação do primeiro casal de animais ao meio humano. Que casal foi esse? Que espécie de animal? Difícil saber. Lobos, provavelmente. O lobo é o ancestral de todos os cães, até daquele poodle metrossexual da síndica do seu edifício. Os lobos serviram ao homem primitivo, e foram reduzidos a cachorros com o transcorrer dos milênios. Aquele cachorrinho minúsculo da Gisele Bündchen, que ela chama de, argh, “Vida”, aquele cachorro também descende dos lobos, acredite.
Que seja.
O fato é que a mulher viu como os, vá lá, lobos copulavam e, copulando, se reproduziam. Com isso, aprendeu. Tirou várias conclusões:
1. Que aqueles filhos que um dia lhe intumesceram o ventre decerto tinham sido concebidos graças ao intercurso que ela manteve com um dos homens do clã naquelas baladas loucas da caverna.
2. Que é possível domesticar um animal.
3. Que o animal pode ser criado em cativeiro para ser mais tarde abatido e comido, tornando supérfluas as irritantes saídas dos homens para as caçadas.
Agora um parêntese:
(Você, que joga futebol, repare como sua mulher fica inquieta quando você sai para jogar com os amigos. Não é por ciúme, não é na intenção de preservar sua integridade física das botinadas dos zagueiros toscos. Nada disso. É a angústia primeva que volta a se manifestar. É a ânsia velha de miríades de séculos, que palpitava quando das fêmeas viam seus machos saírem para as caçadas, para expedições que duravam dias ou semanas, quiçá meses, e das quais talvez eles não retornassem. Essa sua mulher que se apoquenta ao vê-lo partir para jogar bola, ela é a mulher da Idade da Pedra).
Fechado o parêntese, sigamos.
Tudo isso a mulher aprendeu. Ela ensinou o sapiens sapiens a domesticar e criar animais. E mudou o mundo primitivo. Porque alguns animais domésticos, como o supracitado lobo, passaram a auxiliar o homem a caçar outros animais. E porque o homem, ao manter os animais em apriscos, jaulas, currais ou galinheiros, começou a dispor de excedente de carne. Mas de que adiantava ter carne sobrando, se a Brastemp ainda não fora fundada e não havia freezers à venda? O homem necessitava de uma forma de conservar a carne. Sabido, descobriu que podia fazer isso salgando-a. Nas terras frias, os homens cavavam buracos no solo e depositavam a carne em geladeiras naturais mais eficientes do que uma de segunda mão que comprei em um brique quando morava em Santa Catarina.
Como descobrira formas de conservar a carne, o homem decidiu intensificar as caçadas. Desenvolveu armas poderosas, como a funda e o arco-e-flecha, bem como táticas arrasadoras: os sapiens sapiens erguiam muros de pedras em áreas enormes, de quilômetros de extensão. Esses muros iam se afunilando até acabar em uma clareira cercada — um matadouro. Os animais eram dizimados. Inúmeras espécies simplesmente deixaram de existir devido a essa matança. Uma delas foi um veado gigante, pouco menor do que um elefante, dono de chifres com três metros e meio de comprimento, de uma ponta a outra.
A ferocidade dos sapiens sapiens aumentava a cada caçada, assim como sua destreza no manejo das armas e a tecnologia para desenvolvê-las. As manadas que nutriam as duas raças de homem, o sapiens sapiens e o neanderthal, foram escasseando. Mas o sapiens sapiens criava animais, tinha como se sustentar. O neanderthal, não. O neanderthal aferrou-se à existência nômade e livre. Continuou a viver como sempre viveu.
Foi o seu fim.
O neanderthal extinguiu-se por não poder enfrentar a guerra tecnológica do sapiens sapiens e porque o sapiens sapiens suprimiu-lhe a forma de vida ao liquidar com as manadas do mundo antigo. Ao mesmo tempo, com o fim da Era Glacial, as calotas de gelo recuaram para os pólos e as áreas amplas foram se transformando em florestas, tornando ainda mais raros os grandes animais que corriam pela vastidão das planícies. O neanderthal não tinha mais como se alimentar. O neanderthal morreu.

Neanderthal, um solteiro feliz

A HISTÓRIA DO MUNDO – 1º CAPÍTULO
Mas como foi que derrotamos os neanderthais? Trata-se de profundo mistério. Eles tinham tudo para nos vencer. Nós, que digo, somos os sapiens sapiens, os “homens duplamente sábios”. Verdade que fomos nós mesmos que nos pespegamos esse nome, mas, enfim, talvez mereçamos. Afinal, só nós sobramos dentre todas as espécies de homos, os pitecos, os erectus, os habilis e tantos mais. Logo, se o critério for a evolução de resultados, somos mesmo duplamente sábios.
Só que bater os pitecos, os habilis e os erectus foi barbada. Alguns deles se erguiam a pouco mais de metro de altura, a maioria possuía uns cerebrinhos deste tamanho e, o principal, nenhum deles desenvolveu a mais eficiente de todas as ferramentas humanas: a linguagem.
Mas com os neanderthais era diferente.
Com os neanderthais o arroz era mais solto.

Um neanderthal, imagine um vindo em sua direção: não muito alto, mas também não se podia dizer que fosse um Romário: 1m65cm, em média. Forte, retaco e compacto como um buldogue, uns 100 ou 120 quilos de músculos poderosos envolvendo ossos sólidos. Feito um Mike Tyson, só que mais largo e mais baixo. E de pele leitosa – peles claras absorvem melhor os raios de sol, providencial para quem vive em lugares frios como a Alemanha, onde foi descoberto o primeiro esqueleto neanderthal, mas um problema se você precisa viver a vida praiana sob uma canícula de 40°C em Cidreira e não tem sempre à mão o protetor solar fator 60.
Esse neanderthal que avança com resolução ameaçadora para você, ele talvez leve à mão um instrumento cortante, um machado de pedra ou uma lança de sua própria lavra – ele é engenhoso, ele constrói. E o mais relevante: alguns cientistas especulam que o neanderthal sabia falar.
No entanto, mesmo munido de todos esses equipamentos, o neanderthal sumiu. Por 70 ou 80 mil anos, conviveu conosco – os outros homos já haviam se evanescido na poeira dos milênios. Éramos nós e eles, ninguém mais.
Importante: o neanderthal não foi nosso antepassado. Ele era, simplesmente, diferente. Outro tipo de homem, que não foi absorvido, que não se mesclou ao homem moderno; que foi extinto.
Isso é de fato intrigante. O gênero humano existe há bem 3 milhões de anos, ou mais. Mas aqueles antigos hominídeos foram se extinguindo, como se extinguiram os dinossauros, os pterodáctilos e o pássaro dodô. O que me leva a concluir que a extinção de algumas espécies é um processo natural da evolução. Será que devemos tentar mesmo preservá-las? Não tenho certeza a respeito de todas. De algumas, sim. O bacalhau. Dizem que o bacalhau está desaparecendo das águas geladas do Mar do Norte, na branca Noruega. Não quero viver num mundo sem bacalhau. Não quero me contentar com filezinho de cação salgado ao invés do bacalhau à Gomes de Sá.
Seja como for, suponho que algumas espécies tinham mesmo de se retirar do planeta. Como seria o mundo hoje, se todos os tipos de homem tivessem sobrevivido? Como seria a nossa convivência com homúnculos de um metro de altura que mal conseguissem articular uma frase? Seriam por nós considerados humanos? Haveria possibilidade de nos cruzarmos com eles?
Com o neanderthal isso pode ter ocorrido. Alguns cientistas desconfiam que haja traços de neanderthal em certas pessoas do século 21. Quer dizer: pode ter havido relação amorosa entre um neanderthal e uma sapiens sapiens. O contrário, um sapiens sapiens pegar uma neanderthal, duvido que ocorresse. Um sapiens sapiens, delgado, algo quebradiço, não se agradaria de uma mulher tão mais vigorosa do que ele. E ela tampouco se sentiria atraída por aquele ser frágil, quem sabe até um antepassado de decorador. Mas um neanderthal encantar uma sapiens sapiens, isso é totalmente lógico. Conheço muitas mulheres que adorariam se repoltrear com um neanderthalão. Imagine o drama. Os pais da sapiens sapiens não aceitando a relação, dizendo que o neanderthal não era homem para ela. O filho desta união sendo discriminado na caverna. Realmente, acredito nessa possibilidade. Deve haver descendentes de neanderthais por aí. Suspeito de um antigo zagueiro do Guarany de Bagé e do pai de uma ex-namorada minha.
De qualquer maneira, direta ou indiretamente, seja pela guerra, seja pela consumpção de recursos vitais, nós, sapiens sapiens, exterminamos com os neanderthais. Há mais ou menos 280 ou 290 séculos que não se tem notícia do neanderthal, o que é um zapt-zupt em termos de tempo biológico.
Como conseguimos?Se não foi a força física, se não foi a inteligência superior, se não foi a habilidade da fala, se nada disso nos auxiliou a derrotar os neanderthais, o que nos deu tal vantagem?
Direi.
As nossas fêmeas.
Os neanderthais eram muito mais masculinos do que nós. Um neanderthal, o que ele fazia era sair em bandos de machos para caçar, pescar, arrastar uma fêmea pelos cabelos, pegá-la no colo, jogá-la no solo e fazer dela mulher. O neanderthal não arava a terra, não acumulava e não constituía família. Um neanderthal aproveitava o dia, não se preocupava com o futuro, não meditava sobre a existência, não se angustiava ou ficava ansioso.
O neanderthal era um homem como um homem deve ser.
Um neanderthal jamais iria ao analista “para se conhecer melhor”. Um neanderthal, se lesse Virginia Wolf, ficaria mareado. Um neanderthal não beberia clericot.
Nós, os sapiens sapiens, por que fazemos tudo isso? Por causa das mulheres sapiens sapiens. As neanderthais decerto adoravam sexo melequento e grupal, no lodo dos rios, no alto dos cômoros, na imensidão da savana. As sapiens sapiens é evidente que não. O que as sapiens sapiens queriam era criar os filhos. Para isso precisavam constituir famílias. Para isso precisavam domesticar os machos.
E elas o fizeram.
Enquanto os homens saíam para caçar, pescar e coletar, elas cuidavam das crianças. No recesso do lar ancestral, elas tiveram tempo para domesticar alguns animais que os homens haviam trazido para o abate e para observar como uma semente, rojada ao solo, cresce, transforma-se em planta adulta e dá frutos de comer. As mulheres, então, ensinaram aos homens as facilidades da criação dos animais em cativeiro, tornando prescindíveis as divertidas e perigosas caçadas. Inventaram a agricultura, tornando impossíveis os alegres deslocamentos por serras, praias e florestas. Fundaram a Civilização, enfim, e nos deram a política, a economia e os esportes para nos distrair.
Tudo isso elas planejaram, mas havia ainda um obstáculo a ser transposto: o neanderthal. A liberdade máscula de um neanderthal era um péssimo exemplo. Como se ele fosse uma espécie de solteiro das idades primevas. Você já notou como um homem solteiro, que gosta da vida de solteiro, perturba as mulheres casadas? O objetivo de todas as mulheres é casar todos os homens, é reduzi-los à mansa submissão dos domingos em frente à TV, dos jantares com casais, das festas de aniversário de crianças. Um homem solteiro, satisfeito com a solteirice, que se diverte e ri e bebe com os amigos e cativa outras mulheres e não reclama da solidão, esse homem é o fracasso das mulheres. Foi por isso que elas inventaram o amor romântico. Uma invenção recente, aliás. O amor romântico deve o seu prestígio à Idade Média, quando o cristianismo temperou o sexo com a culpa e elevou o espírito em detrimento da carne. O cristianismo tornou vulgar o prazer e sublime o sentimento. É a ideologia que embala as almas norte-americanas e rege o mundo do século 21.
Veja os filmes no cinema. Ouça as músicas no rádio. De quem falam uns e outras? Do amor romântico. Nunca, na história da humanidade, o amor romântico foi tão incensado. Transformou-se em uma das formas, senão a principal forma de dar sentido à vida humana neste Vale de Lágrimas.
Bem. Um neanderthal não precisava procurar o sentido da sua vida, porque o sentido da sua vida era viver. Ele comia, ele dormia, ele se divertia com os amigos, ele possuía as mulheres que desejava. Um neanderthal era um solteiro!
Para as sapiens sapiens, um neanderthal, como um solteiro, urgia ser eliminado. Assim, as sapiens sapiens incitaram os homens sapiens sapiens a se organizar para acabar com os neanderthais.
Então, volto à pergunta com a qual abri o texto:
Como nós, sapiens sapiens, conseguimos derrotar os mais robustos neanderthais?

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Mesopotâmia - Oriente Médio

 Trabalho individual. Vamos fazer o mapa atual do Oriente Médio e o histórico da Mesoipotâmia.



Quadro Natural 
A Ásia é um continente maciço, no qual predominam os planaltos e as montanhas. Entre o ponto mais elevado e o mais baixo encontram-se grandes planaltos e vastas depressões. 
O continente asiático é composto por dois grandes conjuntos de planícies e planaltos, situados nos lados de uma linha central de cordilheiras que se estende da Anatólia até o Pamir, na direção oeste-leste (Cáucaso, Elburz, Zagros, Hindu Kush), para dividir-se em seguida em dois ramos, um na direção nordeste, até o estreito de Bering (Tien Shan, Altai, Saian, Yablonovi, Stanovoi, Djugudjur, Verkhoiansk, Cherski, Kolima), e outro que se dirige para leste (Karakorum, Himalaia, Kunlun, Nan Shan e Qinling), depois para o sul, pela Indochina, e finalmente outra vez para o leste, na Indonésia. A linha montanhosa prossegue no Extremo Oriente através dos arcos insulares das Filipinas, Formosa, o arquipélago do Japão e as Kurilas. No oeste e no noroeste, na direção sudoeste-nordeste, encontra-se outra linha de cordilheiras, constituída principalmente pelos Urais e prolongada nas montanhas de Nova Zembla e nos montes Byrrang (península de Taimir). 
Entre esses grandes conjuntos de cordilheiras situam-se, ao sul, a planície da Mesopotâmia, o planalto da Arábia (este levantado no rebordo sul-oriental), o planalto do Irã, os vales do Indo, do Ganges e o planalto do Decan na Índia, o planalto de Korat e o vale do Mekong na Indochina, e o planalto de Yunnan na China. Entre o Himalaia, no sul, e os montes Kunlun, no norte, localiza-se o grande planalto do Tibet. Na faixa central da Ásia se encontram a depressão turaniana, as estepes do Casaquistão, do Quirguistão e do Isin, a bacia do Tarim, a depressão da Dzungária, a planície desértica de Gobi, os planaltos da Mongólia e as planícies do norte da China. Por último, no norte do continente, estendem-se a grande planície da Sibéria ocidental, o planalto da Sibéria central e a planície de Kolima. No setor ocidental da Ásia, o Oriente Médio, predominam o arreísmo (ausência de cursos fluviais permanentes, como no deserto da Arábia) e o endorreísmo (fossas e lagos salgados da Abnatólica). Os dois rios mais importantes são o Tigre e o Eufrates, que formam o Shatt al-Arab em seu trecho final. Esses rios, procedentes dos cumes nevados do planalto da Armênia, fertilizam a planície da Mesopotâmia, antes de desaguarem no golfo Pérsico. Pela Turquia, Síria e Líbano correm alguns rios menores, caracterizados pelo regime de secura estival, que desembocam no Mediterrâneo e no mar Morto. 
  
Com o mapa que vocês têm em mãos, faça as seguintes atividades:
a) A partir das informações abaixo, pinte de vermelho a região da antiga Mesopotâmia. Mesopotâmia é uma palavra de origem grega que significa “entre rios”. A Mesopotâmia é a planície localizada entre os rios Tigre e Eufrates, que nascem nas montanhas da Armênia e deságuam no Golfo Pérsico. Esses rios correm paralelamente e a distância entre eles variam entre 30 e 80 Km.
b) Faça uma flecha no seu mapa indicando a direção seguida pelos rios Tigre e Eufrates.
c) A antiga Mesopotâmia corresponde hoje a que países?
d) Os mesopotâmicos buscavam madeira na região correspondente ao Líbano atual. Em linha reta, que distância aproximada eles percorriam? (Considere o ponto de partida a capital do Líbano, Beirute, e consulte a escala.
 e) Utilizando o mapa físico e o texto responda:
  • Que paisagem geográfica os mesopotâmicos observavam em seu caminho para o Líbano?
  • Qual o caminho mais fácil para os mercadores que vinham da Síria e seguiam para o Sul da Mesopotâmia?
  • Do Irã, os mesopotâmicos recebiam pedras e metais. Observe como é o relevo na região fronteiriça entre o Irã e o Iraque. Qual o caminho mais fácil para os mercadores? Por quê?
Fonte: História em Documentos. Imagem e texto. 6° Ano. p. 104.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

África: berço da humanidade e do conhecimento

Descrição:
Simulador que trata dos povos africanos desde sua origem até a época colonial moderna. Conheça um pouco sobre a cultura e as tecnologias dos povos africanos que habitavam o continente quando se iniciou o período colonial.
Plataforma: Escola on-line
Para acessar: http://www.atividadeseducativas.com.br/atividades/2092_africa_info.swf